Segurança e colaboração
Dedicar tempo para gerar e colher conhecimento é o melhor investimento.
Na sociedade em que vivemos, cujo ritmo é frenético e a velocidade das informações nos dá a sensação de desinformação, há dois ativos intangíveis de extrema relevância e preciosidade: conhecimento e tempo.
Dedicar tempo para gerar e colher conhecimento é por certo o melhor investimento. Mais que ler um conjunto de informações, é fundamental aprender a pensar estrategicamente em termos de inteligência e contra inteligência. Saber como fazer, como chegar ao raciocínio. Pois se a informação não é útil, não é aplicável e não gera conhecimento.
A cada dia de trabalho, levamos conosco, impregnado em nossa memória, que ainda não é flash, todo um aprendizado que precisa ser continuado, mantido, repassado. Este é o ônus, o saber exige responsabilidade. O que faremos com o conhecimento que nos foi dado?
Após uma campanha de conscientização de segurança da informação, o que fica? Que não deixemos cair no esquecimento, na rotina diária, na pressa que nos faz baixar a guarda e assim correr riscos, permitir que vulnerabilidades sejam exploradas e as ameaças nos paralisem, nos derrotem. Temos que aplicar tudo isso no dia-a-dia. É como andar de bicicleta: nunca mais se esquece.
Podemos dizer, tecnicamente, que diariamente melhoramos nosso aparato ferramental, que não é composto só de antivírus, firewall, antispyware, mas sim de visão, moral, ética. As instituições são reflexo das pessoas que nelas estão, de suas crenças. A imagem de uma empresa é um conjunto formado por reputações individuais. Basta o deslize de um para haver contaminação de todos.
A conseqüência de vivermos em uma sociedade em rede é que temos, sim, que nos preocupar com o que outro está fazendo, pois sua atitude provoca conseqüências para todos e para as próximas gerações, seja no aspecto ambiental ou em uma questão de segurança da informação.
Para encerrar, uma frase em latim: “sapere aude” – ouse saber. Pois precisamos ser permanentemente desafiados a continuar a aprender, a evoluir, a não se conformar como as coisas como elas estão, a querer fazer mais e melhor, de forma segura.
Dra. Patricia Peck Pinheiro é advogada especialista em Direito Digital, sócia-fundadora da Patricia Peck Pinheiro Advogados, autora do livro “Direito Digital” e do áudio-livro “Tudo o que você precisa ouvir sobre Direito Digital”, ambos da Editora Saraiva. (www.pppadvogados.com.br).
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